segunda-feira, 18 de maio de 2009

JEAN MICHEL BASQUIAT / AMIRI BARAKA







Grillo

1984. Acrylic, oil, photocopy collage, oil paintstick and nail on wood.
Courtesy Galerie Fabien Boulakia



Amiri baraka / LeRoi Jones


Fresh Zombies

OK Shuffles. Stink in neon
Lie in lights. Betray before millions
Assassinate w/ slogans. Not old toms
but New Toms, Double Toms
A Tom Tom Macoute. Fresh Zombies.
House Nigger maniacs. Oreo serial killers
That thumping, that horrible sound,
is not music, not drums, but shuffling
Not old toms, New Toms, Double Toms
A Tom Tom Macoute. Fresh Zombies.


In the Funk World

If Elvis Presley/ is
King
Who is James Brown,
God?



Jean Michel Basquiat (1960-1988)
Duma familia portoricana e haitiana, creceu em Brooklyn, New York numa familia de pequena burguesa.
Descobriu o desenho com o livro de anatomia "Gray's anatomy" e sigo interesar-se pela pintura e outros artes, consituindo-se uma cultura geral grande mas a "criança genio" nao se integra a escola por causa de "problemas de comportamento".
Foi reconhecido a idade de 20 anos, por causa dos grafitis que ele escreveu nas ruas de Nova Iorque com o pseudonimo "SAMO" para "SAMe Old shit", durante que ele mora na rua.
Algumas das frases que ele escreve :
SAMO as an end to playing art
SAMO saves idiots
SAMO as a conglomerate of dormant-genius
e finalmente : SAMO IS DEAD.
Muito rapidamente, os medias e os marcantes de arte facinam-se pelo primeiro artista negro reconhecido nos EUA durante a sua vida.
A 23 anos, é famoso mundialmente. Ao mesmo tempo, Basquiat sofre de ser exploitado pelo seu succeso, sofre tambem do paradoxo entre o seu succeso e o racismo que vive na vida quotidiana mesmo como na maneira que é visto no mundo da arte. Tem tambem problemas de drogas e morreu a 27 anos duma overdose de heroina.

Basquiat pintou sobre tudo, nao so telas.
Usa muitas tecnicas diferentes, incluendo as fotocopias dos seus desenhos propios, a collagem, juxtaposiçao, etc. Joga com palavras, imagens, matiera... Disse " I don't think about art when I'm working. I try to think about life", usa temas como a historia, herois, monstros, a sociedade moderna, a cidade, o corpo, a cultura africana e crioula...
Usa numerosos simbolos, especialemente a corona e o copyright.
A musica influçou muito a sua pintura. Ele mesmo adorava jazz, tocava "som industrial" com a sua banda "Gray" e mesmo produciu um album de hip hop, a musica a mais conhecida seja "Beat Bop" de K-Rob e Rammellzee.

LeRoi Jones / Amiri Baraka (1934 ---)

Da clase media do New Jersey, estudou filosofia e religiao, e juntou o Exercito em 1954 onde foi acusado de ser comunista, voltando por isso a um grado baixo.
Depois, instalou-se no Greenwhich Village da epoca dos Beats, la trabalhou na publicaçao de musica. Criou a casa de publicaçao Totem press que publicou poetas Beat como Jack Kerouace Allen Ginsberg antes de publicar uma revista literaria com a sua mulher, Hettie Cohen, Yugen, ate 1963.
nos anos 60, começou a tornar mais e mais politicado depois duma viagem para Cuba, especialmente para o movimento nacionalista negro ate 1974, quando tornou-se mais marxista e pro-terço mundo. E assim que tornou-se musulmano e mudou de nome em 1968 : de LeRoi Jones a Amiri Baraka.
Tambem, escreveu muito sobre a musica jazz como critico musical, inspirou os rappers por causa da sua tecnica poetica e mesmo collaborou com os Roots na musica
Something in the Way of Things (In Town) em 2002.
Fundou tambem o BAM, o movimento Black Arts Movement.



Basquiat e Baraka tomam a identidade negra como tema principal dos seus trabalhos. Basquiat disse numa interview "The black person is the protagonist in most of my paintings". Tentam rehabilitar a dignidade da cultura da diaspora africana na America.
Tomam assim herois negros da historia americana para os tornar em iconos quase religosos (James Brown para o Baraka, o uso da corona, ate o halo para Basquiat). Aqui, os dois personagens de Basquiat sao separados da massa de fotocopias que represena a cidade do artista, fragmentada pela sua visao quando caminha na rua.
Ao mesmo tempo, os dois personagens de Basquiat sao quase esqueletos, pintados do exterior como do interior como se pode encontrar no livro "Gray's Anatomy" ou os desenhos de Leonardo de Vinci.Tem um aspecto estranho, quase mortos. Baraka no seu poema Fresh Zombies fala de Tom Tom Macoute, que duma parte faz referencia ao "coup d'etat" militario de 1959 na Haiti, mas que na mitologia haitiano e um "boogeyman" que rouba crianças de noite -
http://en.wikipedia.org/wiki/Tonton_Macoute
Baraka entretanto fala da mesma coisa que Basquiat, da America da sociedade instrualizada : "That thumping,
that horrible sound,
is not music, not drums, but shuffling
"
trata-se do som metalico da exploitaçao
, da mesma maneira que o Basquiat sofria de ser utilizado pelos mercadores de arte, colocado em sunterraneos para alinhar telas.
Defendem o uso do ritmo e da cor sem cair no "primitivismo" como foi acusado o Basquiat pelos criticos da sua epoca que viam nele um "pintor etnico".
Amiri Baraka escreveu em "Western Front" :
My intentions are colors. I’m filled with

color, every tint you think of lends to mine
my mind is full of color, hard muscle streaks,
or soft glow round exactness registration.
Assim, trata-se de vida mesma, como Basquiat diz bem : "I don't think about art when I'm working. I try to think about life".

Da mesma maneira, as obras de Jean Michel Basquiat e Amiri Baraka sao ambos muito inspiradas pela musica. As collagens de Basquiat, o sampling das suas fotocopias, fazem echo ao ritmo hipnotisante do poema Fresh Zombies do Baraka. Assim fazem conecçao inter-arte Musica-Pintura-Literatura.



Referencias :

Livro
Phoene Hoban, Basquiat, a Quick Killing In Art

Films
Julian Schnabel, Basquiat

Edo Bertoglio, Downtown 81 (com Basquiat no seu propio papel)

Sitios
http://www.amiribaraka.com/
http://www.youtube.com/watch?v=DQdnKuhpcpo
(Something in the Way of Things (In Town) dos Roots e Amiri baraka)
http://www.brooklynmuseum.org/exhibitions/basquiat/street-to-studio/english/home.php
http://www.haberarts.com/basquiat.htm


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