sábado, 25 de abril de 2009

Tópicos vídeo 6

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Arte Norte-Americana
Diana V. Almeida 
American Visions, Vídeo 6
 “Aerodinamismo e Filas para o Pão”


NY
Arranha-céus: expansão vertical, nova Fronteira + vestir esquadrias de aço com Art Deco (Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, Paris, 1925) vs. estilo Bauhaus + código construção obriga a recuar fachadas em altura, tratamento escultural da massa arquitectónica (influência das pirâmides em socalco dos povos nativos América Sul, referências culto ao Sol dos Maias) + processo construção como espectáculo performático, bailarinas nas vigas
Chrysler Building, William Van Allen (1928-30): emblema corporativo, alusão raios rodas automóvel e toucados radiador + competição (com Bank of the Manhattan Company, Craig Severance) pelo edifício mais alto; ganhou com “truque” da torre em aço
Empire State Building, Shreve, Lamb & Harmon (1930-31)
Daily News Building, Raymond Hood (1929-31): hall de entrada inspirado túmulo Napoleão + mundo no centro do olhar inquisitório da imprensa
Rockefeller Center, vários arquitectos: 89,000 m2, entre 48th e 51st Streets + 14 torres Art Deco (1930-39) + 4 torres (1960s/70s) + incorpora obras de arte ex. alto relevo “News”, Isamu Noguchi (1904-1988) e mural Diego Rivera (1886-1957), destruído devido inclusão busto Lenine

Lewis Hine (1874-1940): fotojornalismo com intenções reforma social + trabalha para National Child Labor Committee + documenta trabalhadores heróicos, “anjos do risco e da perícia”, ex. Workers, Empire State Building (1931)

Visão Distópica
Fritz Lang (1890-1976): cineasta expressionista alemão, Metropolis (1927) inspirado em NY
Hugh Ferris (1889-1962): The Metropolis of Tomorrow (1929), desenhos esquemáticos de edifícios, como “túmulos prismáticos”

New Deal
Franklin Delano Roosevelt (1882-1945): 4 mandatos presidenciais (1933-45) + política intervencionista keynesiana, WPA (Work Progress Administration) cria agências estatais para intervirem em diversas áreas, dinamizando economia afectada pela Crise anos 30 ex. FSA (Farm Security Administration) e seus fotógrafos (D. Lange, W. Evans...)
Barragem de Hoover (1936): Black Canyon do Rio Colorado (fronteira Arizona e Nevada) + maior estrutura betão armado da época + símbolo poder de recuperação económica da América + construção documentada por L. Hine
Jack Levine (1915-2010): realismo social + artista como operário (ética do trabalho), construindo linguagem da democracia americana

Pintura
Jacob Lawrence (1917-2000): Harlem Renaissance + The Migration Series (1930s/40s), sob égide WPA, balada visual de 60 quadros relata experiência colectiva de migração negros, fugindo Sul (leis Jim Crow, linchamentos, Ku Klux Klan) + influências storytelling e uso da cor pela comunidade negra como forma de resistência quotidiana à Depressão + contenção emocional (apesar pathos experiências representadas) e formal (herança cubismo e Matisse: superfície plana do quadro, figuras humanas como silhuetas, contrastes cromáticos)

Edward Hopper (1882-1967): desolação da paisagem urbana + Fronteira deslocada para interior do ser, observador solitário substitui homem de acção + “Early Sunday Morning” (1930), temporalidade introduzida pela representação da luz no espaço plano das fachadas de small town + “Room in New York” (1932), isolamento emocional figuras, narrativa suspensa, slice of life + “New York Movie” (1939), o tédio da arrumadora, fascínio pelo universo do espectáculo e posterior influência nos filmes americanos (pintor dos cameramen) + “Nighthawks” (1942), moldura espacial da montra, voyeurismo e mistério + “High Noon” (1949) e “A Woman in the Sun” (1961), mulher Jo Nivinson como modelo, interacção epifânica figura feminina e raios do sol + “Sun in an Empty Room” (1963), desaparecimento figura humana, palco vazio antes da subida da cortina

Stuart Davis (1892-1964): sob influência do pai (jornalista e cartoonista), vê-se como “espectador repórter” + “cubismo colonial”, retrata elementos quotidianos da paisagem de consumo americana, “Odol” (1924), precursor arte Pop, marcas comerciais como ícones de si mesmas + defende que identidade nacional resulta confluência imigrantes (vs. posturas xenófobas do Regionalismo) + “Men without Women” (1932), projecto de mural para Rádio City Hall, NY + “Swing Landscape” (1938), mural para complexo habitacional público WPA, analogia visual com ritmos sincopados do jazz, padrões abstractos em cores vibrantes

Regionalismo
Idealização nostálgica do passado, Midwest como paraíso rural
Thomas Hart Benton (1889-1975): renega seu trabalho modernista inicial, sob influência Cézanne + porta-voz do movimento regionalista, contra decadência moral da cidade NY, propõe uma arte genuinamente americana + mural do Missouri State Capitol (1936), versão história do estado, grande elenco personagens (de Huckleberry Finn a David Crocket), composição cinética (linea serpentinata, Maneirismo séc. XVI) causa distorção proporções figuras humanas, cor enfática + professor de Jackson Pollock

Grant Wood (1891-1942): realismo meticuloso dos pintores flamengos séc. XVI + “American Gothic” (1930), lar como santuário da virtude, ambiguidade mensagem (ironiza ou louva puritanismo?), pintura repetidamente citada pela cultura visual americana posterior + comunidade artística em Stone City, manisfesto Revolt against the City  (1935) + paisagem evidencia regressão à infância comunal, arcádia idealizada ex. “Stone City, Iowa” (1930) vs. ameaça da máquina “Death on Ridge Road” (1935), colisão automóveis ameaça idílio rural


Design
Linhas fluidas (“streamlined shape”): utopia da mobilidade impressa nos artefactos quotidianos + fantasia = função + iconografia de controlo e distensão vs. estagnação económica e fricção social

Cord 810 Westchester Sedan (1936): automóvel que exemplifica esta tendência + imitação linhas aerodinâmicas da aviação

1939
Feira Mundial NY: moto = “Tomorrow, now!” + Trylon e Perisphere (Wallace Harrison), voo até ao futuro e controlo social benigno + Democracity, modelo gigante de futura metrópole idealizada + Futurama (Norman Bel Geddes), exposição da General Motors, com simulação de espaço urbano 1960s

The Wizard of Oz: filme da Metro-Goldwyn-Mayer, adaptando livro infantil The Wonderful Wizard of Oz (1900), de L. Frank Baum

vs. Contexto Histórico
Início 2ª Guerra Mundial

1941, Pearl Harbour: entrada EUA na guerra = consolidação hegemonia política + perda da inocência







1 comentário:

  1. Parabéns pelo blogue, Diana! Está informativo, variado e com um aspecto gráfico agradável. A cadeira deve ser muito interessante.

    P.S.: Gosto imenso da pintura do Hopper. Ninguém melhor do que ele para transmitir visualmente a solidão das grandes cidades.

    Um abraço, João (Mancelos)

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