Andy Warhol
Green Coca-Cola Bottles
Andy Warhol, 1962
Tamanho Original – 2.09 metros x 1.45 metros
Localização da obra -Whitney Museum of American Art, New York
“(…) Ron, Hermione, Fred, George, Fleur and Mundungus drank. All of them gasped and grimaced as the potion hit their throats; At once, their features began to bubble and distort like hot wax. Hermione and Mundungus were shooting upward; Ron, Fred and George were shrinking; Their hair was darkening, Hermione’s and Fleur’s appearing to shoot backwards into their skulls.
Moody, quite unconcerned, was now loosening the ties of the large sacks he had brought with him. When he straightened up again, there were six Harry Potters gasping and panting in front of him.
Fred and George turned to each other and said together, “Wow – we’re identical”
In Harry Potter and the Deadly Hallows, 4th Chapter
Andy Warhol
Andy Warhol (ou Andrew Warhola) Nasceu em Pittsburgh a 6 de Agosto de 1928 e morreu a 22 de Fevereiro de 1987. Foi um pintor e cineasta norte-americano e uma das maiores figuras da Pop-Art.
Em 1945 (com 17 anos) entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie (Actualmente com o nome de Universidade Carnegie Mellon) e gradudou-se em Design. Fez a sua primeira exposição individual em 1952 na Hugo Galley onde exibiu quinze desenhos baseados na obra de Truman Capote.
Nos anos 60 passa a utilizar a publicidade nas suas obras em cores fortes, berrantes e tintas acrílicas. Reinventou a Pop-Art com a reprodução mecânica. As suas serigrafias retratam temas do quotidiano, artigos de consumo (Campbell Soup, Coca-Cola, caixas de detergente Brillo…) e rostos de figuras conhecidas como Marilyn Monroe (retratada apenas depois de morrer), Liz Taylor, Elvis Presley e Che Guevara sempre reproduzidos com cores diferentes.
Tinha como objectivo tornar a arte banal. Além de pintar “estrelas” e objectos do quotidiano também “pintou” primeiras páginas de jornal (por exemplo 129 Die).
Em 1987 morreu, um dia depois de ser operado (embora não tivesse havido nenhuma complicação na operação) depois de 35 anos de “fama”.
“Pinto estes objectos nos meus quadros porque são as coisas que conheço melhor. Não tento criticar os Estados Unidos de que maneira for(…). Acho que represento os Estados Unidos na minha arte, mas não sou um crítico social.”
Andy Warhol
“Warhol Foi uma das pessoas mais chatas que já conheci, pois era do tipo que não tinha nada a dizer. A sua obra também não me toca. Ele até produziu coisas relevantes no começo dos anos 60. Mas, no geral, não tenho dúvidas de que é a reputação mais ridiculamente sobrestimada do século XX.”
Robert Hughes, crítico de arte, antigo cronista da revista Time, entrevista à revista Veja, 25 de Abril de 2007
Harry Potter and The Deathly Hollows
Pequena contextualização do excerto:
Harry está mais uma vez “preso” em casa dos tios é salvo pelos amigos. Depois de terem enviado a restante família para uma localização segura, Moody (um dos membros da sua guarda) dá a todos uma poção (the Polyjuice Potion) cujo objectivo é transforma-los todos no Harry. Assim, quando saírem de casa as tropas de Lord Voldemort não sabem quem é o verdadeiro Harry e é mais fácil para escaparem.
Contribuições:
Carina Carvalho – Tradução
Andreia Manso – Artes e Culturas Comparadas
Bibliografia:
Honnef, Klaus, Pop Art, Tashen
Morin, Edgar, 1921-, Glamour – Arte Seduzida e Sedutora, ED. Público
Rowling, J.k, Harry Potter and the Deathly Hallows, Bloomsbury
Sitografia:
http://www.usc.edu/programs/cst/deadfiles/lacasis/ansc100/library/images/778.html (23/4/2009)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Andy_Warhol (23/4/2009)
http://www.amazon.com/gp/product/images/B001874TCO/sr=1-6/qid=1240516986/ref=dp_image_0?ie=UTF8&n=283155&s=books&qid=1240516986&sr=1-6 (23/4/2009)
Warhol tinha comoo objectivo a crítica irónica do bombardeamento da sociedade capitalista pelos objectos de consumo da época, ela operava com signos estéticos de cores inusitadas massificados pela publicidade e pelo consumo.
ResponderEliminarPop removia o material do seu contexto e isolava o objecto, ou combinava-o com outros objectos, por pura contemplação. O conceito de pop art refere nem tanto à arte em si, mas para as atitudes que levariam a tal.
Pop art é, na sua maioria, a reacção às ideais dominantes, na altura, só expressionismo abstracto, assim como a expansão sobre ele. Pop art baseava-se no uso de imagens populares em oposição a arte da cultura elitista. Dava ênfase ao banal dos elementos de uma dada cultura, muitas das vezes com o uso da ironia.
Warhol utilizou a técnica da serigrafia para representar a impessoalidade do objecto produzido em massa para o consumo, como as garrafas de Coca-cola. Foi nas suas obras de celebridades e objectos de consumo da massa que o extremo da concepção de uma "Arte Pop" é representado.
Os temas desta pintura são o do quotidiano e artigos de consumo, como e também actualmente a literatura do Harry Potter. Gosto de como usaste a cultura e o consumismo actual para representar a cultura/consumismo nos anos 60.
Achei interessante este poema, também bastante actual (2008), que nos ajuda a perceber o consumismo neste século - The American Seam From Perry's Poems.
(http://www.scribd.com/doc/11496753/The-American-Seam-From-Perrys-Poems-Barnes-Method-English-O-Poeta-Ingles)
Sílvia Cachaço
37 287
Concordo com o que a Sílvia disse. De facto, a obra de Warhol serviu para exemplificar a importância dos elementos do quotidiano americano, assim como os seus objectos de consumo (Coca-Cola e sopas Campbell, por exemplo). A importância dada às celebridades também foi notória nas suas representações de Marilyn Monroe, Elvis Presley, Che Guevara e outros, mas penso que parte do seu interesse nestes retratos era o público e a importância que este dava a essas imagens.
ResponderEliminarO facto de a sua obra focar a importância das celebridades na sociedade, não creio que se possa considerar superficial, porque também retratou a morte (quadros de ambulâncias, por exemplo).
O texto visual escolhido pela Joana, "Green Coca-Cola Bottles", assim como o excerto de Harry Potter, assemelham-se pela utilização de perspectivas em que há uma standardização de imagens.
Gostei bastante das tuas escolhas.
Nádia Canceiro nº36265
o Pop Art e Andy Warhol em particular espelhava bem a América dos anos 50/60. Um país que na altura prosperava a nivel económico e cultural tornado-se cada vez mais consumista e obcecado pelas celebridades e o seu estilo de vida ostentivo. O próprio Warhol era obcecado pelas luzes das câmaras. Não foi à tua que até hoje usamos uma frase sua "todos querem os seus 15 minutos de fama". Era assim no tempo dele e hoje em dia ainda é a nossa sociedade e cada vez é mais uma sociedade de consumo e de voyerismo.
ResponderEliminarOs objectos do dia-a-dia como as latas de Coca-Cola fazem com que a Pop Art esteja mais próxima do público em geral que assim se sente próximo dos objectos de arte que está a visualizar. Tal como a Silvia disse e realmente não tinha pensado nisso antes, é que tal como os objectos retratados por Warhol a obra de JK Rollins é uma obra POP, acessível ao público geral. A Pop art de Warhol é uma forma de arte honesta e directa e não é a toa que ele é considerado um dos melhores artistas americanos do século XX.
Liliana Matias nº 36261
Andy Warhol, assim como os feiticeiros de J. K. Rowling, tinha a capacidade de se transformar. Nunca se conheceram as verdadeiras intenções e o verdadeiro eu do artista, estes estiveram sempre escondidos atrás das máscaras (uma delas a peruca branca que usou nos seus últimos anos) e do silêncio que projectava para o seu exterior de uma forma sempre calculada e natural. Por um lado parecia venerar as celebridades de hollywood, por outro criou um mundo alternativo a elas, ao criar a "The Factory", onde as suas próprias "Superstars" (que eram normalmente marginais, vagabundos ou narcisistas) podiam ter os seus "15 minutos de fama".
ResponderEliminarPara além das suas representações em massa de ídolos do cinema e da música, produtos de consumo, desastres (que tanto o fascinavam), imagens simbolos da banda desenhada, etc..., em 1963 inicia uma série de experiências cinematográficas, que, ao contrário do cinema narrativo de hollywood, tinham sequências de longa duração, maçadoras, sem cortes, planos e enquadramentos que variavam pouco ou quase nada.
Em filmes como Sleep, Eat, Kiss e Blow Job (que arranjo para quem estiver interessado), podemos quase que fazer um paralelo com a sua obra plástica, são sempre as mesmas imagens, durante horas, ou seja, há uma espécie de repetição e o objectivo é despertar no espectador uma nova forma de olhar para os objectos do quotidiano.
A título de curiosidade, se forem a http://www.ubu.com/sound/warhol.html poderão ouvir algo mais sobre a faceta de "underground filmmaker" de Warhol.
A reputação dele poderá ter sido um bocado sobrestimada, mas o que é certo é que Warhol foi uma espécie de repórter do mundo, tudo era importante para ele, mesmo as coisas que normalmente não se reparavam, desde desastres até às coisas mais belas e simples. E conseguiu transpôr esse voyeurismo, quer para as suas obras cinematográficas, quer para as suas obras plásticas, numa forma singular e de destaque. As suas imagens são ainda hoje grandes fontes de inspiração para os meios de propaganda e não só, como podemos constactar no cartaz de Obama que ganhou o Brit Insurance Designs of the Year 2009.
Inês Carvalho, nº37101