segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ansel Adams (1902-1984)


"Road, Nevada Desert", 1960
Interessante diálogo com fotografia de D. Lange, "The Road West"
O que levará os fotógrafos americanos a repetir esta imagem?
Diana Almeida

9 comentários:

  1. É um facto bastante curioso...
    Fez-me lembrar imensos filmes... como por exemplo "Lost Highway" de David Linch
    Talvez as auto-estradas sejam um símbolo de velocidade e progresso americano.

    Julgo que os americanos não olham a meios para atingir os seus fins e são bastante ambiciosos. Talvez a "estrada" seja símbolo de um caminho que (a julgar pela imagem) parece não ter fim, mas tem-se um objectivo (o de chegar a algum lado).

    Também a paisagem que envolve a estrada pode ajudar na conotação da mesma. Muitas das vezes aparece imagens das auto-estradas quando se percorre o deserto do Arizona... e os longos caminhos que também separam e, ao mesmo tempo, unem os Estados.

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  2. Concordo com a ana cláudia quando ela diz que as auto-estradas sejam um símbolo do progresso americano no entanto acho que é mais uma forma de nos ligar a tudo, como já tinham feito com os caminhos de ferro.
    Uma forma de uma única estrada nos dar várias "routes" (não me recordo da palavra em português).

    Utilizando as palavras da Ana, sim um sinal de progresso mas também de modernização (visto que os transportes começaram pelos cavalos, depois os caminhos de ferro e finalmente o carro, que se mantem até hoje).

    (espero ter-me feito entender :P o pensamento não foi dos mais lógicos alguma vez conseguidos :P)

    Joana Melo

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  3. domesticação da vastidão espacial dos EUA?

    + fascínio pela viagem... movimento libertador, start anew, aventura (beat generation, por ex)?

    Diana

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  4. Concordo com os aspectos referidos pela Ana Cláudia e pela Joana, mas além das conotações associadas à unificação do território, considero também que pode ter a ver com a ideia de desbravar território. Claro que também existe, como a professora refere, o fascínio pela viagem, o que de imediato me levou a pensar em Jack Kerouac ("On the road"), que por sua vez pertencia à Beat Generation e que remete para a "road trip". Acho que o ideal de alargar o território surge desta maneira para mostrar o que se conhece e o que a viagem, através da estrada, nos pode levar a conhecer.

    Nádia Canceiro nº36265

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Actualmente o simbolismo da estrada esta muito associado a essa viagem ou até mesmo ao encontro de um sonho, a uma idealização de algo. Hoje em dia, julgo eu, a uma reconquista do perdido, pois há um receio nos EUA de que os "hispânicos" estão a "roubar" território americano.Não está tão ligado à ideia de união, mas sim de reconquista, viagem e pertença.

    Ao visualizar esta fotografia, recordei-me do filme "True Stories", em que a estrada aparece tanto no inicio como no fim, sempre com uma menina, sozinha, a caminhar pela estrada, seguindo a idealização do simbolismo actual.

    ("True Stories" - David Byrne (1986)
    http://www.imdb.com/title/tt0092117/)

    Sílvia Cachaço
    37 287

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  7. Chloe disse :

    tenho a impressao que a estrada tem a forma do Empire State Building ;)

    Mais serio, eu tambem faço a ligaçao com a ideia da Frontera, especialmente atraves dos Beatniks : A paisagem grandiosa que o homem tenta apropriar-se, ultrapassar-se pela viagem, o vertigo do camino pelo ceu (como parece ser na photografia).
    E como uma elevaçao espiritual pelo movimento que embriaga (como as ondulaçoes da estrada).

    Pode ser que nao digo mas que os outros comentarios, mas pronto, gosto muito dissa fotografia.

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  8. Esta imagem é espantosamente idêntica à da Dorothea Lange, o que comprova, pelas várias aparições, a força que estas imagens têm na cultura americana: o horizonte inacabável, a terra sem fim que os primeiros americanos brancos encontraram, a procura do paraíso perdido, o sonho ("american dream"), um acreditar pleno e quase cândido na felicidade eterna (lembro-me os vários e já enfadonhos slogans com a palavra "Believe")...
    Na verdade, mais do que um sentimento americano é um sentimento humano. O ser humano é um ser migratório, desde a nossa existência que nos movimentamos pelo globo à procura de melhores condições de vida.
    Lembrei-me, tal como a Ana Cláudia, do Lost Highway, e como a Diana, de On The Road, que secalhar até é melhor exemplo. O Wild at Heart the David Lynch, o amor louco e sem fim por estradas que também parecem não ter fim, e claro, a travessia de Forrest Gump pela route 66, em que nem ele próprio fazia ideia para onde ia, mas transmitia a ideia de que no fim a felicidade era certa...
    Mais do que um sentimento americano é um sentimento humano. O ser humano é um ser migratório, desde a nossa existência que nos movimentamos pelo globo à procura de melhores condições de vida.
    Já agora, relacionado ( a meu ver ) com este tema, a ideia de fronteira... espero podermos ver em Portugal:
    http://www.dailymotion.com/video/x7yd9v_film-welcome-de-philippe-lioret-en_shortfilms

    Sara Sardinha
    Nº 35176

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  9. Ups, parece que me repeti no comentário anterior hehe não façam caso...

    Sara S.
    35176

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