quarta-feira, 14 de março de 2018

Muslim Feminist Jerin Arifa On Intersectional Feminism

Boa noite colegas de Arte Norte-Americana,

Recentemente deparei-me com este vídeo (partilhado no Dia Internacional da Mulher) que menciona dois conceitos  discutidos em aula: a Interseccionalidade e o Feminismo.

O vídeo surgiu na página de facebook conhecida como NowThis Her que publica vídeos e notícias relacionadas com mulheres para as celebrar, emancipar e consciencializar a população mundial para a injustiça que o sexo feminino sofre pelo mundo todo.



A ativista muçulmana começa por dar uma breve explicação sobre o feminismo interseccional e a sua origem — é importante mencionar, a este propósito, que a interseccionalidade não se foca apenas na "barreira" que é ser mulher. Depois, Arifa reconhece alguns dos seus privilégios, nomeadamente o facto de ser fisicamente capaz, e, sublinhando a natureza relacional da identidade, cita uma ativista indígena que recusa a ajuda das feministas brancas que se colocam numa posição de superioridade: "If you are here to save me, I'm not interested in working with you. But if you understand that your freedom is intricatley connected to mine, then let's work together".
É importante salientar a ideia de estarmos "intimamente relacionados" ("intricately connected"), pois, na bibliografia da cadeira, nomeadamente no segundo capítulo de How To See The World, Nicholas Mirzoeff define visão como uma comunidade ("[T]he brain is in effect a shared space (...) It is from this formation that individuals emerge, meaning that we move from the social to the individual", 95), o que, a meu ver, aponta para o pedido feito pela ativista indígena às feministas brancas.

Jerin Arifa continua apresentando-se como uma feminista muçulmana e declarando que uma das regras do islamismo é lutar contra qualquer forma de injustiça, sendo a desigualdade de género uma delas ("And to me, any kind of inequality is a form of injustice. We must end all forms of oppression").

Outro aspeto a salientar é o facto de o feminismo ameaçar o poder instituído pelo que este gera um contra-discurso que denigre a mensagem feminista. Nos momentos finais do vídeo, a ativista diz que a quarta onda feminista já está ativamente a mudar o mundo, oferecendo o exemplo de uma jovem  que organizou um encontro na sua escola secundária onde compareceram 150 pessoas, incluindo o senador do estado onde ela mora.

Para concluir, Jerin Arifa propõe que reconheçamos os nossos privilégios, de maneira a podermos crescer e melhorar o mundo e a comunidade em que vivemos.




Caso queiram saber mais sobre o conceito e outros relacionados com a comunidade LGBT+ aconselho-vos a darem uma vista de olhos nesta ligação.

Bruna Brissos nº 148801

1 comentário:

  1. Grata pela partilha e pelo comentário, Bruna. É, de facto, inspirador ouvir esta mulher e saber que o ativismo feminista é interseccional, ultrapassando barreiras religiosas e geográficas ;)

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