Arte Norte-Americana
Diana V. Almeida
American Visions, Vídeo 2
“A Terra Prometida”
Religiões introduzidas pelos imigrantes europeus e identidade americana
Colonos espanhóis e pueblos (Novo México)
Viviam 12 milhões índios nos planaltos do sudoeste quando chegam espanhóis, em busca de “cidades de ouro” + história da repressão e resistência tribos índias (1599 massacre em Acoma, cidade sagrada no topo do planalto, revolta índios 1680) + missionários (Franciscanos) como instrumento de expansão territorial da coroa espanhola (converter e dominar nativos) + culto penitente (extremado século XIX), pathos do sangue de Cristo
Arte
Religiosa: pintura devota, efígies de santos, crucifixos, retablos (ex. Mission San José, Laguna Pueblo) + fusão iconografia católica e motivos visuais das tribos índias: Doña Sebastiana, a Morte no seu carro, armada de arco e flecha (vs. foice).
Arquitectura: adobe , igrejas missionárias, restauro constante cria formas esculturais que inspiram artistas modernistas (O’ Keeffe, Paul Strand, Ansel Adams) + haciendas como fortalezas
Puritanos
1629: chegada do navio Arbella, John Winthrop (1588-1649) e “a City Upon a Hill” + experiência colonização da América = êxodo do Povo Escolhido + identidade americana radicada no espaço da Terra Prometida
Legado: ética do trabalho + primazia da religião na vida americana + ideia do “novo” como motor cultural + mito do excepcionalismo
Arte vista com desconfiança
Arquitectura: estilo doméstico severo + Old Ship Meeting House, estrutura em forma de arca (intertexto bíblico) enquadra a “palavra viva” + despojamento decorativo + “o olhar de Deus”: olho pintado no púlpito e vidros transparentes (vs. vitrais).
Lápides funerárias (morte assinala vulnerabilidade humana e passagem para vida / condenação eterna)
Mobiliário: arca de seis tábuas decorada com motivos geométricos (espaço doméstico e forma estética vs. “wilderness”)
Retrato (género ligado políticas identidade): registo q comemora posição social (dinheiro como sinal aprovação de Deus) e honra memória depois da morte do retratado. Thomas Smith, auto-retrato (década de 1680), convenções representativas séc. XVIII (transitoriedade vida = caveira) + Elizabeth and Mary Freak (c. 1671-74), autor anónimo
Outras comunidades religiosas
Quakers
Tb denominados Friends, graças à sua tolerância religiosa (vs. fanatismo puritano), colonizam Pennsylvania (nomeada a partir de William Penn, 1644-1718)
Arte. Pintura: Edward Hicks, “Peaceable Kingdom” (c. 1834), o cordeiro e o menino convivendo com as feras, em pano de fundo Penn fazendo tratado com índios
Amish
Resistência ao progresso
Arte. Decorativa para uso doméstico (cópia padrões heráldicos). Colchas feitas pelas mulheres + Quilt como metáfora criatividade feminina americana (crítica literária feminista)
Shakers
Assim denominados devido danças extáticas em que eram possuídos pelo espírito divino
United Society of Believers in Christ’s Second Appearing, fundada 1772 por Mother Ann Lee (morre 1784)
Arte: mobiliário, forma subordina-se função (anuncia Bauhaus e design dinamarquês contemporâneo)
Mote: “Hands to work, hearts to God” justifica espírito inventivo (máquinas para poupar trabalho)
O caso do Sul, Virgínia
1607: colonato Jamestown
John Smith (1580-1631), The General History of Virginia, New England and the Summer Isles (1624)
Pequena nobreza sem posses procura recriar privilégios aristocráticos na América: representação fantasiosa da sua identidade + antidemocráticos (acesso educação restrito aos senhores)
Arte. Arquitectura: mansão das plantações. Pintura: Justus Engelhardt Kühn, “Henry Darnall III” (c. 1715), espaço idealizado do jardim como cenário para jovem herdeiro + primeira representação do negro na pintura colonial americana (equiparado a animal de estimação)
Pintura
John Smibert (1688-1751), “Dean Berkeley and his Entourage. The Bermuda Group” (d. / datada 1729 vs. data em q foi de facto terminada 1730), modelo para retrato americano próximas gerações de pintores (ausência educação artística formal na colónia e na jovem nação)
Literatura
Hector St. John de Crèvecoeur (1735-1813), Letters from an American Farmer (1782): “The American is a new man; who acts upon new principles; he must therefore entertain new ideas, and form new opinions.”
Sem comentários:
Enviar um comentário