Boa tarde colegas, neste post irei falar sobre Jackson
Pollock, já que este será um dos autores que estudaremos nas aulas de Arte
Norte-Americana.
Jackson Pollock (1912-1956) foi uma das figuras mais
relevantes do Expressionismo Abstrato, um movimento artístico com origem nos
Estados Unidos que teve o seu auge após a Segunda Guerra Mundial. O
Expressionismo Abstrato combinou a grande intensidade emocional do
expressionismo alemão com técnicas herdadas de algumas vanguardas artísticas
europeias, como o surrealismo, o futurismo e o cubismo. A propósito do
caráter experimental da arte do séc. XX, cito E. H. Gombrich: “Se existe
algo que marca o século XX é justamente a liberdade de experimentação com toda
a espécie de ideias e meios” (fonte?).
Colocando Nova Iorque em foco no panorama artístico internacional, este estilo (também conhecido como New York School)
apresentou-se como a primeira arte genuinamente americana, e, tendo grande aceitação crítica, começou a ser apoiado pelas galerias logo na década
de 1940.
Para abordar a pintura de Pollock, é essencial considerarmos
não só o contexto histórico do pós-guerra, como também a crescente importância
da psicanálise e do reconhecimento do trauma. De facto, Pollock, procurou na
arte uma “renovação” psicológica, através do desenvolvimento de uma nova
linguagem pictórica, fazendo do ato de pintar uma performance em que o processo
criativo se confunde com o resultado: “Eu
sinto-me mais perto, mais uma parte da pintura”, declara o pintor (fonte?).
O artista não pretendia transmitir uma mensagem codificada,
antes convidando o espetador a uma leitura sensorial para decifrar as mensagens subliminares das telas. Estas experiências
eram, portanto, de natureza muito subjetiva.
De facto, nestas pinturas de grandes dimensões Pollock,
que pinta no chão, abandonando a verticalidade secular do cavalete (vejam as duas fotografias abaixo), usa toda a
superfície sem estabelecer uma hierarquia entre os elementos representados.
Assim, o artista incita o espectador a uma observação imersiva.
Beatriz Ferreira, nº146074
Na busca de uma expressão artística genuinamente americana que caracteriza as primeiras décadas do séc. XX, como temos vindo a ver, Pollock foi apresentado tanto por Clement Greenberg como pela comunicação social (nomeadamente a revista Times) como o herói de um novo tipo de pintura "de ação" (action painting) que representaria a condição americana de criar o novo a partir do génio individual.
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