quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Hoje 17h / Fundação Champalimaud

Rita Charon é um daqueles seres inspiradores que vale a pena escutar. Médica de formação, decidiu estudar literatura enquanto exercia prática clínica (o que, por si só, já parece de loucos, tendo em conta o ritmo de trabalho nos hospitais). A sua vida tem sido dedicada a provar a utilidade da leitura e da escrita (processos complementares, como sabe quem ama os livros) no exercício da medicina. Argumenta que a criatividade implicada em ler e escrever desenvolve nos profissionais de saúde a atenção necessária para compreender as entrelinhas das histórias dos pacientes e desenvolver com eles a relação empática fundamental no processo de cura. Charon defende apaixonadamente o diálogo entre a ciência e as humanidades, contrariando a hierarquização separatista que no Ocidente tem privilegiado o saber dito “exato” (um mito, pois os paradigmas culturais mudam a validade do conhecimento). Vamos ouvir o que tem para connosco partilhar?





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