"You see, what is my purpose of performance artist is to stage certain difficulties and stage the fear, the primordial fear of pain, of dying, all of which we have in our lives, and then stage them in front of audience and go through them and tell the audience: I'm your mirror; if I can do this in my life, you can do it in yours."
Photograph by Ruven Afanador |
A artista Marina
Abramović, com 71 anos, é uma referência mundial, conhecida por ter chocado o
mundo com as suas performances, ao longo da sua vasta carreira. A sua arte desafia
diretamente o público com audácia: deu liberdade ao público a intervir no seu
corpo com um conjunto de objetos incluindo uma arma carregada (Rhythm 0,
1974); cortou a própria barriga com uma lâmina de barbear e chicoteou-se (Thomas Lips, 1975). Como a artista afirma na citação acima transcrita, a essência do seu trabalho é a partilha da
“experiência” entre público e artista. A performance surgiu em 1960 como um
desafio à pintura e é uma forma de arte onde o medium é o corpo, sendo que
Marina Abramović usa o corpo para expor opiniões violentas ou provocatórias.
O mês passado, ao consultar o site The Times, deparei-me com mais uma notícia, chocante (ou não!) da
artista — em 2020 esta irá ser eletrocutada com uma carga de um milhão de volts,
com o intuito de apagar uma simples vela. Outra novidade, não menos
chocante, é que, em 250 anos, esta será a primeira mulher artista admitida na galeria principal da
Royal Academy. Uma vez mais Marina Abramović vai pôr em prática a
sua capacidade de chocar o público, com uma performance que coloca em risco a
própria vida.
Convido todas e todos a
lerem a notícia, para ficarem a saber mais pormenores acerca desta performance, deixo ainda um link para
um documentário interessantíssimo acerca da performance "The Artist is
Present", realizada no Museum of Modern Art de Nova Iorque, em 2010.
Bom estudo :)
Isabel Da Silva
É, de facto, impressionante a resiliência e criatividade de Abramović que, apesar de ter já 71 anos, continua a usar o corpo como arma de arremesso contra o medo, propondo uma arte desafiadora de uma série de convenções culturais.
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