domingo, 20 de maio de 2018

Cindy Sherman : Untitled


Cindy Sherman, Untitled Film Still #48, 1979. Gelatin silver print, 8 x 10 inches (20.3 x 25.4 cm)




"Untitled"
 Mary Jo Bang


The story is written, the slip of a girl is loosed

And her life folds over. Against the cold, the waiting

For the what will happen. The next. Wonderful

Awful. The blonde in a chemical bath.

The story keeps on being written

As a woman who waits for never to happen

As an empty wall waits for light to form a bridge

And under it, a mass of open eyes,

Waiting for the awful eventual. Now?

And yes is what is said. Then here it is, the box

We live in where the crazy face of the day looks back

At the closed eye of the night looking in.

A boy of four comes in as an example

Of where the door of life is left open for a moment.

Time tumbles hour after hour until it's morning again.

Some glass is for looking through, some is for seeing back.

Every outline is a cage one way or another.

Mary Jo Bang, "Untitled" from Elegy. Copyright © 2007 by Mary Jo Bang. Reprinted by permission of Graywolf Press.
Source: Elegy (Graywolf Press, 2007)



Cindy Sherman nasceu a 19 de Janeiro de 1954, em Glen Ridge, Nova Jérsia. Começou por aprender pintura na Universidade Estatal de Nova Iorque, e mais tarde, em 1970, trocou a pintura pela fotografia. Foi uma das figuras mais importantes da "Picture Generation" (1974-1984), e insere-se também nos movimentos do pós-modernismo e da arte conceptual.
Sherman criou a série Untitled Film Stills (1977-1980), composta por 69 fotografias a preto e branco. Nessas fotografias, ela posa como uma série de personagens fictícias, retratadas como se fossem cartazes para a promoção de filmes de Hollywood. Utilizando apenas aquilo que tinha no seu armário, desde roupas vintage a perucas e maquilhagem, a artista transformou-se em diferentes personas.

Mary Jo Bang nasceu a 22 de Outubro de 1946, em Waynesville, Missouri, tendo a sua poesia sido elogiada pela energia linguística, pelas imagens subtis e pela técnica inovadora. A artista explora preocupações  filosóficas pós-modernas e é frequentemente apresentada como uma pioneira da poesia "híbrida". No início da carreira, estabelece uma série de diálogos poéticos com as artes visuais.

A fotografia e o poema
Tanto a fotografia como o poema abordam o suspense e a espera, sugerindo uma narrativa implícita que cabe ao espetador recriar.

Quais são os clichés que Sherman representa nas suas fotografias?
Se isto fosse uma fotografia real, como mudaria a vossa interpretação dela?
Como é que os trabalhos de Cindy Sherman comentam Hollywood e a representação das mulheres em geral?

Questões retiradas desta hiperligação.

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Bibliografia







Bruna Brissos 
Rodrigo Melo
Sofia Paulo

3 comentários:

  1. Achei bastante interessantes os documentários sugeridos, consegui perceber um pouco mais o mundo da artista. Houve duas coisas que me suscitaram algum interesse ao longo das entrevistas como o facto da artista gostar do mundo dos filmes de terror e do "faz-de-conta" ( e isso consegue-se perceber nas imagens que produz), bem como, quando a artista edita as fotos, procura aquelas em que ela não se reconhece.

    Com estas duas coisas em mente, mais o facto da artista ser também modelo das suas obras, faço a seguinte questão (que para mim, não é tanto um certo ou errado, mas mais perceber a vossa perspectiva enquanto autores de uma apresentação sobre a Cindy Sherman):
    - Pelo facto da artista ser a sua própria modelo, tem ao mesmo tempo, conhecimento dos seus gostos e de como quer a fotografia ou a personagem encarnar, consegue mostrar uma carga emocional ou uma linguagem corporal mais "correcta" para a finalidade da obra, do que se fosse outra pessoa a posar?
    -

    Outra pergunta, sobre o facto de Cindy Sherman afirmar que pela forma como era tratada na rua, apercebeu-se que nós assumimos uma "personagem na rua": o que pensam sobre este assunto e como é que se pode reflecir no trabalho da artista?

    Obrigada!
    Rafaela Faria nº 147497

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  2. As we already discussed in class, this piece by Cindy Sherman is really interesting when we analyze it in terms of 'a new beginning' or 'starting over and looking towards the future'. When we look at the settings of light in this film still we might think about a car that drives towards the female figure, someone might pick her up or maybe not.

    As I look at this picture now, I actually interpret it in a slightly different way: For me it looks as if she was abandoned, but not necessarily in a negative way. Rather, for me, the female figure seems strong and ready. She leaves her present life behind her to walk into an unknown (but hopeful) future. Surely, we see no car, driving towards to or away from the person but for me the idea of this car is an essential component to interpret Shermans piece. In a way for me it seems as if there is a car that is not driving towards her but away from her. I feel like I am in the position of someone who gazes through the back window of a vehicle, leaving a loved one behind not knowing where this person might end up and what the future holds.

    The reason why I changed my mind towards the idea that there is a vehicle moving away from the figure rather than towards her, is the fact that the female figure looks in the opposite direction, facing the unknown. If there would be a car driving closer to the character, she would look in 'our' direction.

    It is very interesting how an untitled film still can leave this much of space for interpretations.
    Thank you for sharing!
    Joana da Silva Duering N°152336



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  3. Sherman declara que a opção de trabalhar sozinha lhe permite mergulhar mais no processo criativo, aprofundando assim os seus jogos identitários. A artista cultiva deliberadamente a ambiguidade ao longo das suas séries através do jogo entre uma imagem reconhecida e a estranheza de uma leve diferença em relação às expetativas do espetador.

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