quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Feedback Análise Texto


FLUL / Arte Norte-Americana
Diana V. Almeida / 2015-2016

Notas para análise do excerto de D. Arnold

·      Normas de apresentação: página de rosto / cabeçalho (referência instituição, cadeira, professor, ano letivo, autor); texto alinhado; bibliografia seguindo normas indicadas (MLA)
·      Questões formais: elos coesivos (como articular os elementos do texto de modo a construir um todo coerente); argumentação (progressão lógica e estrutura textual); exemplos ilustrativos (retirar conclusões da leitura proposta para o vosso argumento)
·      Metodologia: ler o excerto apresentado, sublinhando ideias principais, para elaborar comentário partindo desta base; seguir indicações fornecidas (expandir considerações ao resto do capítulo, sustentar argumentação com exemplos de obras estudadas ao longo do semestre)

Tópicos a considerar para a elaboração do comentário
·      No parágrafo inicial de Art History, a autora apresenta a crença generalizada de que a arte constitui um universo “autónomo” (independente de fatores contextuais), para depois a desconstruir ao longo do capítulo
·      Elucidação de conceitos — “história” implica uma narrativa que adota certas linhas temáticas para garantir a sua coerência, é, pois, uma construção discursiva que legitima determinada mundivisão; o “cânone” não é neutro, antes político, propondo uma hierarquia valorativa, a partir dos conceitos operativos de “génio” e “obra prima” (vs. subversão paródica das fronteiras entre arte erudita e popular efetuada pelos artistas Pop, 1960s)
·      A produção, receção, validação crítica, valoração monetária (vide práticas especulativas década 1980s, ex. Jeff Koons) e circulação da arte devem ser estudadas tendo em conta variantes contextuais, segundo uma abordagem interdisciplinar
·      Os movimentos artísticos re/apresentam um modo de ver o mundo: a Ashcan School (1910s) propõe uma abordagem de pendor socialista e confere visibilidade ao corpo dos grupos sociais desprivilegiados e das massas urbanas; o trabalho documentário dos fotógrafos da FSA (1930s) pretende revelar a “verdadeira face da América”, no entanto apresenta apenas uma fatia populacional (os “white deserving poor”)
·      As práticas interpretativas estão sempre enraizadas num contexto histórico, pressupondo a interação dinâmica com diversas esferas dessa realidade situada — o processo da visão é cultural (vide J. Berger e N. Mirzoef) vs. abstração da “humanidade” e mito da neutralidade / objetividade, que corresponde ao ponto de vista hegemónico num dado contexto (vide WASPs nos EUA até décadas de 1960s/70s). É, pois, fulcral perguntar de onde se vê; ou seja, qual o posicionamento ocupado pelo sujeito que fala e os interesses que incorpora (vide coletivo “Occupy Your Museums”)
·      O cânone artístico dos EUA foi sendo constituído a partir de eixos políticos que excluíam determinadas categorias identitárias — em termos de género (vide receção da obra de G. O’Keeffe num contexto misógino, 1920-40s) ou de raça (vide empenho de J. Lawrence em inscrever visualmente a história silenciada da migração da comunidade afro-americana do Sul para o Norte dos EUA, na Migration Series, 1940-41)

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