FLUL / Arte Norte-Americana
Diana V. Almeida / 2015-2016
Notas para análise do excerto de
D. Arnold
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Normas de apresentação: página de
rosto / cabeçalho (referência instituição, cadeira, professor, ano letivo,
autor); texto alinhado; bibliografia seguindo normas indicadas (MLA)
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Questões formais: elos coesivos
(como articular os elementos do texto de modo a construir um todo coerente);
argumentação (progressão lógica e estrutura textual); exemplos ilustrativos
(retirar conclusões da leitura proposta para o vosso argumento)
·
Metodologia: ler o excerto
apresentado, sublinhando ideias principais, para elaborar comentário partindo
desta base; seguir indicações fornecidas (expandir considerações ao resto do
capítulo, sustentar argumentação com exemplos de obras estudadas ao longo do
semestre)
Tópicos a considerar para a
elaboração do comentário
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No parágrafo inicial de Art History, a autora apresenta a crença
generalizada de que a arte constitui um universo “autónomo” (independente de
fatores contextuais), para depois a desconstruir ao longo do capítulo
·
Elucidação de conceitos —
“história” implica uma narrativa que adota certas linhas temáticas para
garantir a sua coerência, é, pois, uma construção discursiva que legitima
determinada mundivisão; o “cânone” não é neutro, antes político, propondo uma
hierarquia valorativa, a partir dos conceitos operativos de “génio” e “obra
prima” (vs. subversão paródica das fronteiras entre arte erudita e popular
efetuada pelos artistas Pop, 1960s)
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A produção, receção, validação
crítica, valoração monetária (vide práticas especulativas década 1980s, ex.
Jeff Koons) e circulação da arte devem ser estudadas tendo em conta variantes
contextuais, segundo uma abordagem interdisciplinar
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Os movimentos artísticos re/apresentam
um modo de ver o mundo: a Ashcan School (1910s) propõe uma abordagem de pendor
socialista e confere visibilidade ao corpo dos grupos sociais desprivilegiados
e das massas urbanas; o trabalho documentário dos fotógrafos da FSA (1930s)
pretende revelar a “verdadeira face da América”, no entanto apresenta apenas
uma fatia populacional (os “white deserving poor”)
·
As práticas interpretativas estão
sempre enraizadas num contexto histórico, pressupondo a interação dinâmica com
diversas esferas dessa realidade situada — o processo da visão é cultural (vide
J. Berger e N. Mirzoef) vs. abstração da “humanidade” e mito da neutralidade /
objetividade, que corresponde ao ponto de vista hegemónico num dado contexto
(vide WASPs nos EUA até décadas de 1960s/70s). É, pois, fulcral perguntar de
onde se vê; ou seja, qual o posicionamento ocupado pelo sujeito que fala e os
interesses que incorpora (vide coletivo “Occupy Your Museums”)
·
O cânone artístico dos EUA foi
sendo constituído a partir de eixos políticos que excluíam determinadas
categorias identitárias — em termos de género (vide receção da obra de G. O’Keeffe
num contexto misógino, 1920-40s) ou de raça (vide empenho de J. Lawrence em
inscrever visualmente a história silenciada da migração da comunidade
afro-americana do Sul para o Norte dos EUA, na Migration Series, 1940-41)
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