Eis o logo do Deutsche Bank, a que me referi na aula em que discutimos o artigo "Occupy Your Museums / Ocupa os teus museus".
O logo é composto por um segmento de reta diagonal ascendente inserido num quadrado. O primeiro elemento representa o crescimento e desenvolvimento dinâmico, enquanto que o quadrado simboliza a segurança e o ambiente controlado.
Julgo que este logo é essencial para compreender as duas últimas imagens do artigo, que surgem nas páginas finais (para quem tem a parte bilingue inglesa completa). Vemos 1) um quadrado aberto e 2) o retrato de Mona Lisa enquadrado dentro do logo desta instituição bancária. De que forma podemos ler a justaposição do logo de uma instituição bancária à obra-prima mais famosa da Arte Ocidental? E de que forma a imagem do quadrado aberto perturba o logo do banco?
Neste link, podem consultar um breve documento que descreve a evolução do lodo deste banco até aos dias de hoje.
David Mira
Grata, David, pelo seu comentário.
ResponderEliminarPenso que a semelhança entre o logótipo do DB e a opção gráfica tomada pel@s autores do artigo em questão é coincidente. A "moldura" (aludindo ao enquadramento literal das imagens no museu, mas também usada no sentido metafórico, como vimos) é representada ao longo do artigo como um quadrado, cujas imagens surgem por vezes cortadas com um traço diagonal, o que sucede não apenas no caso da Mona Lisa, na página final, mas também no caso das ilustrações das primeiras três secções. Este traço oblitera a imagem e acaba por destruir a própria moldura, como vimos na antepenúltima página.
Ou seja, penso que perseguir este paralelismo visual poderá ser um caso de "overreading", levado pelo nosso desejo de decifrar o novo a partir daquilo que já (re)conhecemos. O que pensam os colegas?