sábado, 31 de outubro de 2015

How to Become a Great Woman Artist

À luz dos assuntos falados nas últimas aulas, deixo aqui o link para um artigo sobre o papel da mulher na arte e a sua chegada ao olhar público.
Há uma listagem de dicas para dar visibilidade à produção artística no feminino e mencionam-se as Guerrilla Girls!


Bruna Duarte

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Passe Vite / Desenho com modelo

(re)Começa amanhã*

Hoje 17h / Fundação Champalimaud

Rita Charon é um daqueles seres inspiradores que vale a pena escutar. Médica de formação, decidiu estudar literatura enquanto exercia prática clínica (o que, por si só, já parece de loucos, tendo em conta o ritmo de trabalho nos hospitais). A sua vida tem sido dedicada a provar a utilidade da leitura e da escrita (processos complementares, como sabe quem ama os livros) no exercício da medicina. Argumenta que a criatividade implicada em ler e escrever desenvolve nos profissionais de saúde a atenção necessária para compreender as entrelinhas das histórias dos pacientes e desenvolver com eles a relação empática fundamental no processo de cura. Charon defende apaixonadamente o diálogo entre a ciência e as humanidades, contrariando a hierarquização separatista que no Ocidente tem privilegiado o saber dito “exato” (um mito, pois os paradigmas culturais mudam a validade do conhecimento). Vamos ouvir o que tem para connosco partilhar?





sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Talking about death in terms of joy

Rita Charon on TED Talks

Dia 29, não percam a oportunidade de ir ouvir esta mulher extraordinária*

Recursos ONline

Recordo que para o vosso trabalho de pesquisa podem recorrer a diversas fontes online, entre elas sites de museus (vide links úteis no nosso blogue). Recomendo, em particular, o excelente site "The Art Story: Modern Art Insight", aqui

Modern Artists
Styles & Movements
Timelines

Aula 29 out = 30 out 16-18h

Dia 29 estão convidados para assistir à palestra de Rita Charon, uma das fundadoras da área transdisciplinar de Medical Humanities, convidada do grupo de investigação Narrativa & Medicina, do CEAUL. 


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Novas datas

Imprimam, por favor, o novo calendário da cadeira, de modo a visionarem antecipadamente os vídeos a discutir na aula e prepararem as vossas leituras dos ensaios para análise. Notem que alterei algumas datas das apresentações orais [aguardo confirmação do email que enviei interrogando a vossa disponibilidade] e ainda a data da entrega da análise de texto — 17 novembro.

Calendário 2015-16_2

Outubro
22
Travessias transatlânticas
R. Hughes. American Visions. Episódio 5
27
Georgia O’Keeffe
Anna C. Chave. “O’Keeffe and the Masculine Gaze”. Reading American Art Ed. Marianne Doezema e Elizabeth Milroy. New Haven: Yale UP, 1998. 350-370.
29
Paisagens rurais e urbanas
R. Hughes. American Visions. Episódio 6
Novembro
3
Dorothea Lange
Derrick Price and Liz Wells, “Case Study: Image Analysis: The Example of Migrant Mother”. Photography: A Critical Introduction, Ed. Liz Wells. London: Routledge, 1997. 35-45.
David: EHopper + PSilva: WEvans
5
O império dos sinais
R. Hughes. American Visions. Episódio 7
Darya: JRiis
10
O império dos sinais
Lourenço: MRothko + Matilde: HFrankenthaler
12
Jackson Pollock
“Mumbo Jumbo & Mud Pies”, Carter B. Horsley
http://www.thecityreview.com/pollock.html
17
Andy Warhol
Rachel Baum. “The Mirror of Consumption”. Andy Warhol by Andy Warhol. Eds. Gunnar B. Kvaran, Hanne Beate Ueland e Grete Arbu. Catálogo da exposição no Astrup Fearnley Museum of Modern Art, Oslo. Milão: Skira, 2008. 29-35.
Entrega da análise de texto
19
A era da ansiedade
R. Hughes. American Visions. Episódio 8
24
A era da ansiedade
Ana: WKooning + Ricardo: JRosenquist
26
David Joselit, American Art Since 1945. London: Thames & Hudson, 2003. 96-127.
Inês: EKienholz + Maria: BNauman
Dezembro
1
Raul: RSmithson + PProksova: JTurrell
3
Bruna: EFischl + Mariana: SRothenberg
8
Identidade e género
Linda Nochlin. “Why Have There Been No Great Women Artists?”. Women, Creativity, and the Arts. Critical and Autobiographical Perspectives. Eds. Diane Apostolos-Cappadona e Lucinda Ebersole. Nova Iorque: Continuum, 1995. 42-69.
Luísa: BKruger + Dima: JAntoni
10
Louise Bourgeois
Helaine Posner. “Louise Bourgeois: Intensity and Influence”. After the Revolution: Women Who Transformed Contemporary Art. Eds. Eleanor Heartney et al. Munique: Prestel, 2007. 28-51.
15
Cindy Sherman
Eva Respini. “Will the Real Cindy Sherman Please Stand Up?”. Cindy Sherman. Ed. Eva Respini. Catálogo da exposição no Museum of Modern Art. Nova Iorque: MoMA, 2012. 12-53.
17
O que é a arte norte-americana? Reflexão coletiva e construção de quadro visual

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Que FLUL é esta?

Apresento a multiplicidade de olhares sobre a entrada da nossa escola *
Vamos agora refletir sobre estas imagens, sublinhando as escolhas fotográficas nelas implícitas.

Maria
Bruna
 David
Inês

 Lourenço

Mariana
 Matilde
Raul

domingo, 18 de outubro de 2015

ARTistas para trabalho de pesquisa

Como sabem, devem escolher um artista para o vosso trabalho de investigação (o elemento mais valorizado no cômputo final). Consultem os tópicos de vídeo (disponíveis no blogue) e elejam um dos artistas abordados na série American Visions (uma das bases bibliográficas da cadeira). Há alguns artistas a que dedicamos uma aula; como vamos aprofundar o seu trabalho, estes artistas não podem ser considerados na vossa escolha.
Façam-me chegar propostas até ao dia 18 de outubro, para depois combinarmos a data da vossa apresentação oral e (pelo menos) um encontro comigo para discutirmos o plano de trabalho.

Lista final*

Ana — WKooning
Bruna — EFischl
Daria —JRiis
David — EHopper
Inês — EKienholz
Maria — BNauman 
Lourenço — MRothko
Luísa — BKruger
Mariana — SRothenberg
Matilde — HFrankenthaler
Patricia Proksova — JTurrell
Patrícia Silva —WEvans
Raul — RSmithson
Ricardo — JRosenquist

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Logo DB e artigo "Ocupa os teus museus"


Eis o logo do Deutsche Bank, a que me referi na aula em que discutimos o artigo "Occupy Your Museums / Ocupa os teus museus".
O logo é composto por um segmento de reta diagonal ascendente inserido num quadrado. O primeiro elemento representa o crescimento e desenvolvimento dinâmico, enquanto que o quadrado simboliza a segurança e  o ambiente controlado.

Julgo que este logo é essencial para compreender as duas últimas imagens do artigo, que surgem nas páginas finais (para quem tem a parte bilingue inglesa completa). Vemos 1) um quadrado aberto e 2) o retrato de Mona Lisa enquadrado dentro do logo desta instituição bancária. De que forma podemos ler a justaposição do logo de uma instituição bancária à obra-prima mais famosa da Arte Ocidental? E de que forma a imagem do quadrado aberto perturba o logo do banco?

Neste link, podem consultar um breve documento que descreve a evolução do lodo deste banco até aos dias de hoje.

                                                                                   David Mira

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

"My Body"


My Body

Wherever I go, it also goes,
And when it’s dressed, I’m wearing clothes.

William Jay Smith, Laughing Time: Collected Nonsense (1980).














Entrevista com o autor aqui
Nota obituária NYT aqui
 

História de Portugal

Conhecer para agir em consciência será a base do empoderamento individual e coletivo. Confesso que fiquei chocada ao constatar no nosso último encontro que ninguém sabia o que foi o PREC. É importante recordar a história nacional recente, em particular o período do 25 de abril de 1974 e os meses que se seguiram. Deixo, pois, algumas sugestões para aprofundarem o vosso conhecimento sobre o assunto.

A costumeira Wikipedia tem uma entrada sobre o PREC (Período Revolucionário em Curso)
Vejam também o site da Associação 25 de Abril, que reúne aqui informações sobre o período da ditadura, o MFA (Movimento das Forças Armadas) e o pós 25 de abril
A Fundação Mário Soares tem uma excelente cronologia da história de Portugal (1900-1999), consultem o ano de 1974 e 1975 e os que mais vos aprouver

Quem é cidadão?

A propósito da nossa reflexão sobre a cidadania na pólis grega, recordei esta música do Chico Buarque que partilho aqui convosco.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Banco de Tempo

Referimos na última aula, a propósito de modelos de organização social alternativos, a existência em Portugal de um Banco de Tempo, cujo site esclarece a estrutura e funcionamento deste sistema de trocas — "Banco de Tempo é um sistema de organização de trocas solidárias que promove o encontro entre a oferta e a procura de serviços disponibilizados pelos seus membros. No Banco de Tempo troca-se tempo por tempo; todas as horas têm o mesmo valor e quem participa compromete-se a dar e a receber tempo." Foi fundado em 2000 e tem milhares de clientes.
E, se tiverem tempo, que é como quem diz, se quiserem, 
podem ainda ler um artigo sobre este tema aqui.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Citações CQN 7

Como viram na última aula, a revista Cine Qua Non n. 7, onde surge o artigo "Ocupa os teus museus / Occupy Your Museums", vem numa caixinha de papel (uma espécie de moldura!) com as seguintes citações diretamente relacionadas com o ensaio em questão, algumas das quais foram mote para reflexão.



















"Museums are the embodiment of cultural authority, authority exerted as an aesthetic — hence moral — force. Museums embody economic inequality and the structural conglemoration of money and power.

Our culture is our commons. But the commons are parceled, financialized, bought and sold like stocks and bonds.

The 1% have hijacked culture. They have colonized it, mined it, and left the soil barren. Museums reflect the trend of public resources being hijacked by the private sector.

Art is framed away; it has become a separate sphere of culture, a zone designated for authorized challenge, creativity, and pseudo-revolt.

Capitalism is a human rights problem. A system that leaves so many hungry, poor, and sick is not the best one we can have.

Culture can be hacked; we can subvert, appropriate, or reimagine the language of power to create new dreams and spaces for new realities. Sustainable political change happens only on the cultural level. Resist, reframe, and rebuild."

.. reNOir sucks ..

Falámos na última aula, a propósito do movimento Occupy Museums, de ações de contestação às instituições artísticas responsáveis pelo estabelecimento do cânone. Fiquei encantada ao encontrar, na página do Facebook de vários amigos intelectuais, reações indignadas a um recente protesto nos EUA. O que acham desta polémica?

 Imagem aqui //  Mais info aqui e aqui.

 

Is there an alternative to capitalism?


"Every society chooses – consciously or not, democratically or not – among alternative ways to organize the production and distribution of the goods and services that make individual and social life possible.
Modern societies have mostly chosen a capitalist organization of production. In capitalism, private owners establish enterprises and select their directors who decide what, how and where to produce and what to do with the net revenues from selling the output. This small handful of people makes all those economic decisions for the majority of people – who do most of the actual productive work. The majority must accept and live with the results of all the directorial decisions made by the major shareholders and the boards of directors they select. This latter also select their own replacements."
Read more here

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Blogue seminário MEIA/DEIA

Como vos disse, leciono no segundo semestre o Seminário Corpo e Desejo na Arte Contemporânea dos EUA. O blogue da cadeira é também um recurso valioso para aprofundarem as questões tratadas na nossa cadeira. Convido-vos a uma visita — aqui.


Aula 29 substituída a 30 out.

Como combinado, a aula de 29 passa para o dia 30 de outubro, entre as 16h e as 18h, na sala de vídeo. Dia 29, espero que possam comparecer à palestra da Rita Charon, na Fundação Champalimaud, entre as 17 e as 18h30.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

How To Write About Contemporary Art

Em How To Write About Contemporary Art, Gilda Williams apresenta uma escrita muito fluída e fácil de acompanhar, o que se traduz nos seus conselhos sobre como escrever. Aborda a escrita de arte nas suas várias representações, das mais tradicionais às mais contemporâneas, como a escrita em blogues. Dá-nos um panorama do modo como funciona o mercado da arte e profissões a ele associadas; explora ainda as contradições do sistema e denuncia snobismos. É inspiradora a sua veemente preocupação em erradicar a mistificação da obra de Arte, para ir buscar um termo de John Berger. A autora promove, pois, uma escrita simples, cativante, pessoal e acima de tudo, limpa de abstrações e jargão inútil. Não poderia aconselhar mais este livro.

                                                                                                                         David Mira

What Art Is


Em What Art Is, Arthur C. Danto (1924-2013), filósofo e crítico de arte estadounidense, propõe-se a definir o que é a Arte. Para isso percorre, ao longo dos seis capítulos (o primeiro é longuíssimo...), vários temas que não acabam por não responder à nossa pergunta.... Afinal, parece que ele também não sabia. Talvez a intenção seja mesmo essa, mostrar que a Arte não pode ser definida categoricamente. É um livro interessante e fácil de ler, embora tenha alguns momentos mais aborrecidos.

Seleciono alguns capítulos com temas que abordamos nesta cadeira.

1 Wakeful Dreams 
A fotografia é apresentada como um novo modo de ver o mundo (relacionado com o texto de Mirzoeff por nós estudado) e gatilho para a emergência de novas perspetivas sobre a arte; a rejeição de um conceito de obra de arte estanque (relacionado com o texto de Arnold); referem-se artistas como Marcel Duchamp e Andy Warhol.

3 The Body in Philosophy and Art
O título já diz bastante.  Partindo de Descartes, o autor questiona a relação entre o corpo e a mente, apresenta o conceito de embodiment e aplica-o ao estudo da arte.

4 The End of the Contest: The Paragone between Painting and Photography 
Danto traça a história da luta entre fotografia e pintura pelo estatuto de arte da primeira, retomando temas como as estratégias de canonização e a influência da fotografia nas artes visuais.

                                                                                                                         David Mira