terça-feira, 28 de abril de 2009
ICA, como ver
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Andy Warhol / Harry Potter and the Deathly Hallows
Andy Warhol
Andy Warhol, 1962
Tamanho Original – 2.09 metros x 1.45 metros
Localização da obra -Whitney Museum of American Art, New York
Moody, quite unconcerned, was now loosening the ties of the large sacks he had brought with him. When he straightened up again, there were six Harry Potters gasping and panting in front of him.
Fred and George turned to each other and said together, “Wow – we’re identical”
Andy Warhol
Em 1945 (com 17 anos) entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie (Actualmente com o nome de Universidade Carnegie Mellon) e gradudou-se em Design. Fez a sua primeira exposição individual em 1952 na Hugo Galley onde exibiu quinze desenhos baseados na obra de Truman Capote.
“Pinto estes objectos nos meus quadros porque são as coisas que conheço melhor. Não tento criticar os Estados Unidos de que maneira for(…). Acho que represento os Estados Unidos na minha arte, mas não sou um crítico social.”
Andy Warhol
“Warhol Foi uma das pessoas mais chatas que já conheci, pois era do tipo que não tinha nada a dizer. A sua obra também não me toca. Ele até produziu coisas relevantes no começo dos anos 60. Mas, no geral, não tenho dúvidas de que é a reputação mais ridiculamente sobrestimada do século XX.”
Robert Hughes, crítico de arte, antigo cronista da revista Time, entrevista à revista Veja, 25 de Abril de 2007
Harry Potter and The Deathly Hollows
Pequena contextualização do excerto:
Contribuições:
Carina Carvalho – Tradução
Andreia Manso – Artes e Culturas Comparadas
Bibliografia:
Honnef, Klaus, Pop Art, Tashen
Morin, Edgar, 1921-, Glamour – Arte Seduzida e Sedutora, ED. Público
Rowling, J.k, Harry Potter and the Deathly Hallows,
domingo, 26 de abril de 2009
Joseph Cornell e Kurt Schwitters
Cassiopeia (frente)
Cassiopeia (verso)
EVE BLOSSOM
(Kurt Schwitters' own translation of 'An Anna Blume')
Oh thou, beloved of my twenty-seven senses, I love thine! Thou thee thee thine, I thine,
thou mine, we?
That (by the way) is beside the point!
Who art thou, uncounted woman, Thou art, art thou?
People say, thou werst,
Let them say, they don't know what they are talking about.
Thou wearest thine hat on thy feet, and wanderest on thine hands,
On thine hands thou wanderest
Hallo, thy red dress, sawn into white folds,
Red I love Eve Blossom, red I love thine,
Thou thee thee thine, I thine, thou mine, we?
That (by the way) belongs to the cold glow!
Eve Blossom, red Eve Blossom what do people say?
PRIZE QUESTION: 1. Eve Blossom is red,
2. Eve Blossom has wheels
3. what colour are the wheels?
Blue is the colour of your yellow hair
Red is the whirl of your green wheels,
Thou simple maiden in everyday dress,
Thou small green animal,
I love thine!
Thou thee thee thine, I thine, thou mine, we?
That (by the way) belongs to the glowing brazier!
Eve Blossom, eve,
E - V - E,
E easy, V victory, E easy,
I trickle your name.
Your name drops like soft tallow.
Do you know it, Eve?
Do you already know it?
One can also read you from the back
And you, you most glorious of all,
You are from the back as from the front,
E-V-E.
Easy victory.
Tallow trickles to stroke over my back
Eve Blossom,
Thou drippy animal,
I
Love
Thine!
I love you!!!!
Num breve olhar entre as duas obras, a semelhança mais evidente é a desconstrução.
Na obra de Cornell, há camadas, que se sobrepõem a outras camadas, enquanto no poema de Schwitters há o caos, palavras soltas, frases que quebram a lógica semântica.
Cornell utilizava a colagem nas suas caixas e Schwitters aplicava a mesma técnica mas em poemas. O poema é abstracto e utiliza, da mesma forma que as caixas, pedaços de coisas já existentes. Estes pedaços não precisam ter relação ou sentido, pois o sentido não existe mais, e da mesma maneira que as caixas são feitas com o intuito de visualização também o poema tem uma composição visual. Objectos como bolas podem simbolizar planetas, e frases soltas podem demonstrar sentimentos. Estas obras assemelham-se claramente a puzzles.
Apesar da separação de continentes, estes artistas têm uma forte relação entre eles pelo surrealismo, expressionismo e abstraccionismo, e por isso a hipótese de similitude entre as suas obras é imensa.
Sitografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Kurt_Schwitters
http://homepage.ntlworld.com/davepalmer/cutandpaste/schwitters.html
http://www.merzbau.org/Schwitters.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Kurt_Schwitters#Dada_and_Merz
http://dr.rb.tripod.com/id13.html
http://capa.conncoll.edu/morton.merzbook.html
http://www.ben-at-work.com/en/collages/anna_blume.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Cornell
http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/cornell/
http://www.artchive.com/artchive/C/cornell.html
http://estudiomarimbondo.blogspot.com/2007/08/joseph-cornell.html
http://www.josephcornellbox.com/
http://www.bookrags.com/biography/joseph-cornell/
Milene Cardoso n.º 37912
Linguas, Literaturas e Culturas
sábado, 25 de abril de 2009
Tópicos vídeo 6
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Ansel Adams (1902-1984)
domingo, 19 de abril de 2009
Dorothea Lange e Francis Scott Key
"Dust storm at this War Relocation Authority center where evacuees of Japanese ancestry are spending the duration."
Picture by Dorothea Lange, Manzanar, CA, July 3, 1942
What so proudly we hailed at the twilight's lasted gleaming?
Whose broad stripes and bright stars, through the perilous fight,
O 'er the ramparts we watched, were so gallantly streaming.
And the rockets` red glare, the bombs bursting in air,
Gave proof through the night that our flag was still there.
Oh, say, does that star-spangled banner yet wave
O'er the land of the free and the home of the brave?"
Sílvia Cachaço nº 37 287
Estudos Norte-Americanos
Edward Hopper e Álvaro de Campos
"Ode Triunfal" de Álvaro de Campos
A dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim, Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó maquinas!
Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical –
Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força –
Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro,
Porque o presente é todo o passado e todo o futuro
(1-18)
(…)
Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!
(26-32)
(…)
Nova Revelação metálica e dinâmica de Deus!
(112)
(...)
Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa, era um cantor do mundo moderno que procura incessantemente “sentir tudo de todas as maneiras”. Campos celebra a civilização industrial e mecânica, adoptando sempre o ponto de vista de um citadino.
Edward Hopper foi um pintor realista norte-americano cujo trabalho é considerado uma espécie de crónica das mudanças ocorridas na sociedade nesta época. Retrata a solidão nos espaços urbanos e sentimento de brevidade presente em alguns locais públicos e semi-públicos.
Campos e Hopper apresentam-nos duas perspectivas completamente diferentes do progresso e da civilização. Em Campos encontramos um engenheiro naval que canta a modernidade e se alheia a tudo o que com ela não se relacione; em Hopper temos a desolação dos espaços urbanos e a modernidade sempre associada à solidão.
“Dawn in Pennsylvania” reflecte um espaço público completamente deserto e, talvez, demasiado limpo e arrumado sugerindo que nada acontece naquela estação. Na “Ode Triunfal” de Álvaro de Campos assistimos a um elogio à civilização e à técnica (v.5) feito por alguém num estado febril (v.2) que nos dá sinais de alucinação face ao espanto com a novidade que tanto ama (v.26 e 27).
Estamos, pois, perante duas visões antitéticas da Modernidade e do avanço tecnológico.
Bibliografia e Siteografia:
STRAND, Mark, “Hopper”, The Ecco Press: New Jersey, 1994
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa (5.Abril.2009)
http://pt.wkipedia.org/wiki/Edward_Hopper (5.Abril.2009)
http://newworldencyclopedia.org/entry/Edward _Hopper (5.Abril.2009)
http://www.artchive.com/artchive/H/hopper.html (5.Abril.2009)
http://home.dbio.uevora.pt/~oliveira/Artes/OdeTriunfal.htm (5.Abril.2009)
Nádia Canceiro nº36265 - Estudos Norte-Americanos
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Edward Hopper | Joseph Brodsky
"Room in Brooklyn"
1932
(óleo sobre tela, 29x34)
I said fate plays a game without a score,
and who needs fish if you've got caviar?
the triumph of the Gothic style would come to pass
and turn you on--no need for coke, or grass.
I sit by the window. Outside, an aspen,
When I loved, I loved deeply. It wasn't often.
A loyal subject of these seconde-rate years,
I proudly admit that my finest ideas
are second-rate, and may the future take them
as trophies of my struggle against suffocation.
I sit in the dark. And it would be hard to figure out
which is worse; the dark inside, or the darkness out.
Joseph Brodsky (1940-1996) poeta russo, expulso da URSS, naturalizado americano a partir de 1977, recebeu o Nobel da Literatura em 1987. Publicou em russo e em inglês, sendo Peizah a navodneniem (Paisagem Inundada) a sua última recolha em russo (1996). Joseph Brodsky nasceu no seio de uma família judia em Leningrad (hoje Saint Petersburg) filho de um fotógrafo profissional no Exército Soviético. Quando tinha 15 anos deixou a escola e tentou ingressar no "School of Submariners" sem sucesso. Subsequentemente teve vários empregos em hospitais, navios e expedições geológicas. Ao mesmo tempo, Brodsky passou por uma fase auto-didacta, onde aprendeu Inglês e Polaco, adquiriu um profundo interesse em filosofia clássica, religião, mitologia e poesia americana. Mais tarde, ele chega a admitir que adquiria livros onde ele os encontrasse, incluindo no lixo. Brodsky começou a escrever poesia e a fazer traduções em 1957, influenciado e encorajado por Anna Akhmatova. Foi preso em 1963, em 1964 foi acusado de "parastitismo" pelas autoridades soviéticas e mais tarde, em 1972, foi exilado para os Estados Unidos. O poema "I sit by the window" foi escrito em 1971 e faz parte de "Collected Poems in English" publicado em 2000.
A situação em que a sociedade se encontrava durante a Depressão, que está representado no poema de Joseph Brodsky e a representação do quadro de Hopper, em contraste, não podia ser mais evidente. Por um lado uma época negra e caótica por outro uma harmonia e paz presentes na tela.
Podemos relacionar a palavra "darkness" usada por Brodsky com a época negra que se vivia na Depressão, no verso "I said fate plays a game without a score," podemos contrastar com a situação vivida pelas famílias, antes da Depressão todas as famílias tinham acesso a todo tipo de bens, carro, frigorífico, casa, etc, mas a Depressão mudou radicalmente a vida quotidiana, perderam-se empregos, as famílias não tinham dinheiro, etc, "but who needs fish if you've got caviar?" a senhora que está pintada junto a janela mostra o inverso sentido e vivido da Depressão.
Sitiografia:
- http://www.mgrande.com/weblog/index.php/partosdepandora/comments/seria_hoje_dia_do_seu_aniversario/
- http://nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/1987/brodsky-bio.html
- http://www.mfashop.com/hoiinbr1.html
- http://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Brodsky
- http://en.wikipedia.org/wiki/Edward_Hopper
Israel Vieira
N.º 38976